Babymetal

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Tive o privilégio de ver o show de uma banda que gosto muito e realmente não esperava que iria ver no Brasil: Babymetal, banda que conheci sem querer lá em 2017 lendo uma matéria no UOL que “recomendava” bandas para serem escaladas no Rock in Rio daquele ano. Assim que vi o clipe de “Gimme Chocolate” fiquei surpreso, incrédulo e apaixonado pela banda que acompanho desde então.

O Show

Babymetal é uma banda japonesa de “kawaii metal” que tem sido sensação nos países em que se apresenta devido à uma curiosa e muito boa mistura de músicas boas que abraçam a grande variedade de subgêneros do heavy metal com um trio de vocalistas / dançarinas que, além de cantarem muito bem e esbanjarem carisma, também dançam praticamente todas as músicas, independente do peso e compasso que ela tenha (sério, vejam elas cantando e dançando “Tales Of The Destinies”).

A banda veio pela primeira vez no Brasil para se apresentar no Knotfest 2024, sendo responsável pelo maior número de camisetas presentes no Allianz Parque depois, claro, do Slipknot. O show, no entanto, foi prejudicado pela má qualidade do som e falhas em equipamentos. Então a minha expectativa ficou toda no show da Audio, e fui muito bem correspondido.

O show com 11 músicas (uma a mais que no Knotfest, “Monochrome”) foi executado com maestria pela Kami Band e o trio de meninas que se mostraram extremamente felizes e sorridentes com a recepção de um público apaixonadíssimo e ansioso em ver as meninas pela primeira vez. Todas as músicas foram cantadas em volume ensurdecedor – e em japonês – pelo público brasileiro bastante heterogêneo que compreendia pessoas de todas as idades e estilos. Até famosos como João Gordo (Ratos de Porão), Mi Vieira (Gloria), Chaene e Pancho (Black Pantera) e Lucas Inutilismo marcaram presença na Audio que, por sua vez, ficou minúscula perto do público da banda. Até por isso eventos mais desagradáveis como aperto ou mesmo sufocamento de pessoas na hora dos mosh / circle pit / wall of death ocorreram por vezes durante o show. Eu que não sou pequeno fiquei sufocado em alguns momentos.

De toda forma, o show foi memorável e inesquecível para o público que aguardou tanto tempo para vê-las em terras brasileiras, e com certeza as meninas ficaram impressionadas com a receptividade e felicidade do público. Era possível ver em diversas vezes o sorriso espontâneo delas com as reações e o alto volume em que as músicas eram cantadas pelos presentes.

A Casa

A Audio é uma casa que cabe cerca de 3.000 pessoas, localizada próxima de outras casas de shows como Espaço Unimed e Villa Country – além do Allianz Parque -, e que tem um palco muito bacana e alto, proporcionando boa visão de onde quer que esteja – lá tem pista, mezanino e camarote. O som também é muito bom, possibilitando escutar tudo (vozes e instrumentos) com clareza.

O local tem outros ambientes focados no descanso, fumantes e comida. Eu não pude “explorar” a casa porque esse show foi concorridíssimo por conta da estreia da banda no Brasil, que rendeu sold out e lotou o local. Como eu queria ver os shows da pista, eu tive que dar uma olhada rápida pela casa enquanto me dirigia para o espaço do show. Espero voltar outras vezes em situações menos alarmantes e com mais espaço.

Todas as experiências relatadas neste post e no vídeo BolaShow são pessoais, buscando refletir com fidelidade as impressões que eu tive indo ao show.
Toda experiência - principalmente artística - é única e pode não ser a mesma de outras pessoas que foram no mesmo evento.